Às vezes sinto que Lívia re-cria universos, os torna próprio de si. São feito ‘cacos da cidade.’ Ela os transforma em sua ferramenta de trabalho.
‘Carne Viva’ é ato de se refazer à partir dos pedaços. Mostrar o que sobra após a ferida.Por debaixo da pele(poeta) é enxergar palavras que sangram. O tom ‘vermelho-loucura’ nunca foi tão sóbrio, as poesias nunca foram tão ferinas.
A contemporaneidade tem disso, Corbellari nos faz sentir o gozo, arranca-nos a pele, nos monta e desmonta, faz-nos sangrar até que a cicatriz pulse. Que repulse.
Os poemas do ‘Carne Viva’ nos provoca sérias reflexões, dores em chamas que jamais sessam. São ‘corpos que queimam sem sol’, são calor.
Com umas prosas poéticas metódicas espalhadas pelo livro ela(a autora) lança viscerais reflexões sobre relacionamentos, amor próprio e as varias facetas das dores. Achei-as mais complexas, mas, pensem num fluxo gostoso de leitura.
Título: Carne Viva
Autor: Lívia Corbellari
Editora: @editoracousa
Páginas: 59
Gênero: Poesia
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