A: Não consigo nem lembrar ao certo. Leio desde que me entendo por gente. Quando era criança, adorava escrever histórias em quadrinhos. Escrevia com as letras todas trocadas e desenhos abstratos e enchia todos da família para me darem opinião. Toda semana pegava empréstimo de livros na biblioteca pública do bairro e me chateava quando a bibliotecária não me deixava pegar vários de uma vez. É curioso lembrar disso, visto que meus pais não eram grandes amantes da leitura.
Qual foi o papel da leitura para a construção do seu eu autor?
A: Foi muito importante. Só quis escrever porque lia muito. Foi a sensação de conhecer milhares de mundos e de pessoas através de romances, contos e crônicas que me fizeram também pôr os meus no mundo. Acredito que todo escritor é um leitor esfomeado. Bom, pelo menos os que conheci até agora hehe
Consegue viver de literatura?
A: Financeiramente meu sustento é a Psicologia. Sou terapeuta e professora. Mas a literatura alimenta minha alma.
Qual a maior dificuldade que encontra para chegar ao público leitor?
A: Conseguir organizar tempo o suficiente para divulgação. Costumo me ater mais nas leituras e escrita, o que é muito complicado para uma autora contemporânea.
Quais são suas referências literárias?
A: Pergunta difícil. Como leio literatura variada, isso acaba se misturando bastante nas minhas referências. Na poesia adoro Leminski e Baudelaire. Na prosa, Virginia Woolf, Margaret Atwood e Clarice são as maiores inspirações.
A: Pergunta difícil. Como leio literatura variada, isso acaba se misturando bastante nas minhas referências. Na poesia adoro Leminski e Baudelaire. Na prosa, Virginia Woolf, Margaret Atwood e Clarice são as maiores inspirações.
Lida bem com as críticas?
A: Sim, adoro ser criticada haha é verdade! Gosto muito de leitores que apontam incômodos ou “defeitos” em minha prosa e poesia. Isso me faz relê-las com outros olhos e me dá novas ideias para o futuro. Os críticos de literatura são anjos enviados pra nós.
Está trabalhando em algum livro no momento?
A: Sim. Estou preparando meu segundo romance. Ele ainda está lutando pra descobrir se descamba pra ficção literária ou se terá um pezinho no thriller psicológico. Veremos.
A: Sim. Estou preparando meu segundo romance. Ele ainda está lutando pra descobrir se descamba pra ficção literária ou se terá um pezinho no thriller psicológico. Veremos.
O que seria de sua vida sem as letras?
A: É clichê, mas acredito que não seria. Sem a cultura, em todas as suas facetas, a vida se torna um tanto quanto vazia.
A: É clichê, mas acredito que não seria. Sem a cultura, em todas as suas facetas, a vida se torna um tanto quanto vazia.
Angélica Glória é escritora e psicóloga. Publicou até agora, dois trabalhos distópicos, o livro Fisgadas e o conto Noite Feliz? e um de poesia, o livro Espetáculo Lésbico. Instagram: @omfgangel
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