"a-maior-função-do-homem-no-mundo-é-transformar-se-em--literatura" - Reinaldo Santos Neves

sábado, 3 de dezembro de 2022

Faz escuro mas eu canto (RESENHA) #SêPoesia

 

“El pulso del país se recobró como si despertara de una letárgica tristeza.” - Pablo Neruda, na introdução do livro

“Traduzido para mais de trinta idiomas, ‘faz escuro mas eu canto’ configura-se como um manifesto aberto de amor e crença na humanidade.” - trecho da orelha

O poeta não fala de um tempo ‘agora’. Ele versa a esperança de uma nova aurora que se encaminha pós-noite turbulenta.


“Cuidado, companheiro, esconde a rosa,
espanta a mariposa colorida,
é perigosa essa canção de amor.” - Pág. 24


Seus poemas leves vem sempre carregados de uma lembrança vivida, de um peso que não cabe em uma estrofe.


“Faz escuro (já nem tanto),
vale a pena trabalhar.
Faz escuro mas eu canto
porque a manhã vai chegar.” - Pág. 33


‘Faz escuro mas eu canto’ é um livro exilado, filho de uma ditadura. Mesmo com a pátria em seu peito o poeta encontra-se censurado da liberdade, em cada texto Thiago rompe a fronteira encontrando outros corações revolucionários.


“Não tenho nem faço rumo:
vou no rumo da manhã[...]” - Pág. 82




📚💙 Eu e a Thay do @galeoteca nos juntamos para falar sobre poetas massa e suas obras riquíssimas ao longo de 2022. Os escolhidos desse último mês do ano foram 'Faz escuro mas eu canto' de Thiago de Mello e 'Rotina dos Ossos' da Fabíola Mazzini


Bora Sê Poesia com a gente?!

A #SêPoesia é para mostrar poetas do Brasil, você tem alguma indicação? Diz aí.

Gostou de conhecer o Thiago? Já conhecia? Me conta também.


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