"a-maior-função-do-homem-no-mundo-é-transformar-se-em--literatura" - Reinaldo Santos Neves

domingo, 3 de abril de 2022

Escritora Lygia Fagundes Telles morre aos 98 anos em SP

 


Conhecida como "a dama da literatura brasileira", a escritora paulista 
Lygia Fagundes da Silva Telles acaba de falecer, aos 98 anos


.

Segundo Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela faleceu em casa, de causas naturais.

Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura.

A acadêmica é considerada uma das grandes referências no pós-modernismo, enquanto suas obras retratam temas como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.

Lygia recebeu vários prêmios ao longo da carreira, tais como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Ela tem obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV.

Autora de romances como “Ciranda de pedra” (1954) e “As meninas” (1973), e livros de contos como “Antes do baile verde” (1970) e “A noite escura e mais eu”) (1995), Lygia nasceu na capital paulista e era integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela recebeu os prêmios Jabuti, APCA e Camões, distinção maior em língua portuguesa pelo conjunto da obra.

Contribuiu, aliás, para diversas áreas da nossa arte. É a autora, por exemplo, de "Ciranda de pedra", obra publicada em 1954. A publicação foi adaptada para televisão em 1986, pela TV Globo, em formato de novela escrita por Janete Clair, com a colaboração de Dias Gomes.

A escritora também era formada em Direito, tendo cursado a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.

“O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor. Ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.”L.F.Telles.

Lygia Fagundes Telles (1923 - 2022) foi romacista e contista, e representante do movimento Pós-Modernista. Nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Filha do promotor Durval de Azevedo Fagundes e da pianista Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, passou sua infância em várias cidades do interior em função do trabalho do pai.


2 comentários:

  1. Muito triste com essa perda, incrível o legado que Lygia nos deixou. 💔😢

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Triste mesmo. Mas o importante é seu legado! Obrigado pelo comentário!

      Excluir