"a-maior-função-do-homem-no-mundo-é-transformar-se-em--literatura" - Reinaldo Santos Neves

domingo, 12 de novembro de 2023

histórico: Duas obras capixabas são seminifinalistas do Prêmio Jabuti em 2023

Dois títulos concorrem ao maior prêmio de literatura brasileira este ano





Pela primeira vez na história do prêmio, este na sua 65ª edição, dois capixabas chegam como semifinalistas - para nossa alegria – do Jabuti.

Concorrendo em duas categorias os livros ‘Guia Anônima’ de Junia Zaidan e ‘Aquele dia na praia’ de Flávio Sarlo disputam com outros nove títulos em CONTO e CRÔNICA respectivamente.

O Prêmio Jabuti deste ano contou com mais de 4.200 inscritos, escritores de todo o país, este que é o maior prêmio da literatura brasileira.

Escritor homenageado: Pedro Bandeira


A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anuncia o escritor Pedro Bandeira como a Personalidade Literária da 65ª edição do Prêmio Jabuti. Reconhecido como um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, Pedro Bandeira recebe homenagem por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades.



As editoras capixabas no Jabuti

Saulo Ribeiro (editor da editora Cousa, indicada na categoria de CONTOS)



A Cousa é uma das principais editoras de livros em atividade no Espírito Santo, com mais de 250 obras publicadas ao longo de quatorze anos de trabalho.

Tem a maior parte de seu catálogo dedicado à literatura produzida em terras capixabas, difundindo autores já consagrados e estreantes. Publicações já foram indicadas como leitura obrigatória no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo, além de constar em bibliografias de programas de pesquisa em diversas instituições de ensino no Brasil e no exterior.

“Pra gente é uma alegria e um alento porque a luta é tão grande que gerar esse reconhecimento é muito legal. A gente gosta de chegar onde as pessoas sequer conhecem prêmios: nas periferias, nas ruas, nas praças, mas a gente também gosta desse espaço de reconhecimento. É importante. 

Este ano foi muito bacana para o Espírito Santo porque além da Cousa e a Fina, com o livro da Junia, teve também a Leitura Fina com o livro do Flávio Sarlo. 

“Isso ajuda todo mundo, fortalece a cadeia produtiva do livro capixaba como um todo.” – Saulo Ribeiro

A escritora Fernada Nali, produtora executiva e coordenadora editorial da Fina produtora, comentou em suas redes que "o reconhecimento de que o trabalho na área da cultura é tão sério como qualquer outra área e de que um excelente trabalho não está restrito no eixo Rio-São Paulo. Ademais, é a literatura produzida no Espírito Santo no painel nacional. Que felicidade". A trabalhadora da cultura que é também coprodutora do livro semifinalista do Prêmio ao lado da editora Cousa, agradeceu a sua equipe editorial.

Matheus de Miranda (editor da Leitura Fina Editora)


“Foi muito significativo. Mostra que o trabalho empregado no livro do Flávio Sarlo foi bem feito. Estamos muito felizes pelo reconhecimento. 
Aliás, em todos os livros que publicamos nós entregamos o melhor de nós para que o resultado seja bom, principalmente para os autores e autoras da editora.” – comenta Matheus de Miranda (da Leitura Fina Editora) quando perguntado sobre a classificação no Prêmio.



Outros capixabas que passaram pelo tapete azul do Jabuti, confira:

Bundo e outros poemas, de Waldo Motta foi indicado ao Prêmio Jabuti de Literatura em 1997.

Danuza, capixaba irmã de Nara Leão, acumulou dois Prêmios Jabuti, com sua autobiografia “Quase Tudo”, publicado em 2005, e com “Danuza Leão fazendo as malas”, livro publicado em 2008.

Bernadette Lyra foi indicada ao prêmio Jabuti em 2007, com o livro de contos “Memórias das Ruínas de Creta”.

Maciel de Aguiar, o escritor capixaba, foi indicado para a final do Prêmio Jabuti, na categoria poesia, pelos quatro volumes do seu "Os anos de chumbo", em 2008.

José Caldas com o livro “Caparaó: A primeira guerrilha contra a ditadura” foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti de 2008 na categoria livro-reportagem.

O primeiro Jabuti de crônica da história foi para o capixaba de Cachoeiro Rubem Braga, com o livro “O poeta e outras crônicas de literatura e vida” (em 2018), ele que também levou o prêmio em 2017 com a “Caixa Rubem Braga: Crônicas” quando a categoria ainda era Contos e Crônicas juntos. 

Em 2021 o prêmio Jabuti, na categoria crônicas, foi para o livro “Histórias ao redor” do escritor Flávio Carneiro, um feito inédito para uma editora capixaba com a Cousa.


Os dois livros semifinalistas do Prêmio Jabuti foram resenhados por mim aqui no blog, clique abaixo e conheça-os:



Desejo muito boa sorte aos indicados e uma boa leitura para você que vai lê-los: são dois livraços que valem muito a pena a leitura

Até breve!