As palavras furam feito balas, perdidas que acham sentido distraído, aquele que vaga pela rua em busca do que mostram na tevê. .
“Porra, eu estava dentro de uma cela por declamar um poema no ônibus do qual eu tinha pagado passagem.” (Pág 102)Porque quando se fala em ‘nego’ só vem morro e morte na cabeça? É porque é a verdade. Jhon ativa sua percepção, mostra, através das grades que a realidade pegou prisão perpétua.
“...eu tanto sonhei para me livrar disso, e hoje vou morrer como um otário qualquer que a polícia pode forjar como maconheiro, se eles atirar na gente não vai dar nada, dois ‘neguim’ morto pela verdade absoluta da farda(...) deixei de ter medo na adolescência por cansaço(...) mijava na cama com medo de sair, o medo cansa.” (Pág 68)
Num país onde não existem tais leis ‘eles’ fazem questão de criar só para trancafiar os poetas.
“...me tornei muito humano sem fé em deus e aprendi a valorizar a vida e me pego hoje escravo das palavras, poeta(...) Não posso ser comparado a deus, ele sim é covarde. A poesia me tornou sensível e meu mundo mesmo sem cor, arcoriza meu caminho.” (Pág 95)
Contos biográficos demais, eles assustam, sinto que os personagens do autor me rondam, acho que ele assim queria.
“Alycia é uma preta linda e tímida, nunca concorda comigo e tem prazer em me aborrecer(...) todas minhas filhas tem o sorriso do tamanho do mundo, como um avô não faz questão de conhecer?” (Pág 38)
“Prazer, meu nome é Jhon.” (Pág 107)
Título: Poesia dá Cadeia
Autor: @jhon.conceito
Editora: Grandir
Páginas:108
Gênero: Conto
Nenhum comentário:
Postar um comentário