O livro é formado de contos curtos e suas histórias nada comuns, quase sempre com finais impactantes, também contém muito regionalismo em suas páginas.
A religiosidade está muito presente nas personagens, em alguns contos como temas secundários, mas Jarid trata de temas importantes como o machismo, o racismo, feminismo, patriarcado e a LGBTfobia em seus contos.
“Mas ela própria não era uma presença como todas as outras presenças naquela praça. Era uma interrupção, uma topada, uma interrogação.” - Pág. 31
Assim como as representações culturais únicas do nordeste brasileiro, rica e potente, ainda bem representadas pelos escritores contemporâneos brasileiros e aqui com a vivência de Jarid Arraes.
Com uma linguagem simples, mas repleta de sutilezas regionais - algumas gírias e palavras locais bem situados - nos deixa familiarizados com suas histórias.
“Em vez de dizer, deitou segurando nas raízes da árvore. Entrelaçou as pernas com os galhos que tocavam o chão. Até as nove, já era calçada.” - Pág. 80
‘Redemoinho em dia quente’ também mostra que a mesma triste realidade da seca e da fome que faz parte da vida de seus personagens é a mesma sombra que assola o Brasil do século XXI.
“As coisas poucas são doces […]” - Pág. 51
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