É um livro-homenagem a um dos maiores romances da América Latina, ‘Cem anos de Solidão’, com alguns personagens e até a fictícia e mágica Macondo onde Gabo cria todo seu realismo fantástico.
“Não o entendi, então, por que ali, velando o Coronel naquela manhã dourada, de rosas vermelhas e lírios brancos, estava em Macondo toda a humanidade que eu era capaz de conceber.” - Pág. 09
Acrescento não ser necessário ter lido o romance de Márquez para vibrar com ‘Terra de Tormenta’, já que eu não o li e fui completamente tomado pela história que René conta aqui.
“ É só mais uma revolução. Nada além de mais uma revolução[...]” - Pág. 37
Terra de Tormenta é mais uma fábula da nossa triste realidade, conta uma rica América sendo sucateada e vendida à outra. Mostra um povo condicionado a subserviência e ao contentamento, a América em que nada muda.
“É por isso que esse país é feito de mentiras […] E de silêncios. Mas os silêncios, embora sejam de muitos, jamais serão de são de todos.” - Pág. 55
A personagem principal instiga revolta, que borbulha de um sangue fervente dos que morreram pelo solo em que pisam, pelos que são impelidos de sonhar. Estes são os ingredientes de Terra de Tormenta de René Duarte, parafraseando o próprio autor: “uma terra onde nada se mede.”
“ E é por isso que os baile de máscara são nossas festas nacionais de cada um próspero ano novo [...]” - Pág. 104
Assim é América que o realismo do autor descreve, nem sempre mágico.
O livro é sobretudo uma linda história de amor, de um guerrilheiro urbano e sua Estrella, do cidadão e sua pátria.
“[...] é preciso amar com nosso próprio coração e viver nossos próprios dias.” - Pág. 105
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