“até as flores
possuem gasturas breves” - Pág. 62
Temas recorrentes na poesia de Airton: o tempo, a saudade e a morte.
É um livro denso, cheio de camadas, não é para ser lido em uma sentada apenas. ‘Cortejo e outras begônias’ é gostoso de ler, mas requer um dia leve.
“homens sabem do sóis
das sombras das pedras
mas a primavera sempre vem
avisar-lhe do objeto final:
morrer.” - Pág. 40
Um livro fragmentado, com seus poemas-caco que perfuram e rasgam fundo, dividido em: ‘tragicômico’, ‘pelos dias’, ‘itinerário incurável’ e ‘de solidões se fazem os dias’.
“não importa a causa
as solidões
são sempre iguais.” - Pág. 80
Os poemas sem títulos, alguns dedicados e iniciando com letras minúsculas me deu uma sensação de naufrágio. Um marasmo. Acho que os dias e as páginas deste livro tendem a te deixar com sede, afinal são poemas secos demais para mais um dia ameno.
“leva contigo o invisível
branco de outras páginas e palavras
porque não te resta nada
a não ser poesia estendida
no estopim confessional
de flores & ausências.” - Pág. 104
O livro foi vencedor do III Prêmio UFES de Literatura na categoria poesia em 2015.
💙 Sobre o #SêPoesia:
A Thay Fracarolli, do @galeoteca, e eu resolvemos nos juntar para um desafio ao qual nomeamos #sêpoesia , onde falaremos sobre poetas nacionais maravilhosos e obras riquíssimas ao longo do ano.
Eu com ‘Cortejo e outras begônias’ de Airton Souza e a Thay com ‘História versada de uma breve vida’ da Lara Couto.
#SêPoesia #LaraCouto #AirtonSouza #LiteraturaBrasileira #Literatura #Livros #Poesia #InstaLivros
Nenhum comentário:
Postar um comentário