"a-maior-função-do-homem-no-mundo-é-transformar-se-em--literatura" - Reinaldo Santos Neves

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Entrevistando Contemporâneos & Independentes – Marcela Guimarães Neves

 




Como a literatura entrou em sua vida?

M: A leitura entrou na minha vida de uma forma espontânea, familiar. Meus pais sempre foram grandes leitores. Meu amor pela literatura começou na biblioteca de minha casa. Sou uma privilegiada por ter crescido em um lar repleto de livros.



Qual foi o papel da leitura para a construção do seu eu autor?

M: Como diz o brilhante escritor e acadêmico Pedro J. Nunes: “Escrever é subproduto da leitura.” O eu autor, em sua autenticidade literária, emerge do acúmulo de boas leituras.



Consegue viver de literatura?

M: Acredito que esse seja o grande sonho de muitas autoras. Eu ainda não tenho essa sorte. Sou mãe, escritora, advogada e servidora pública. Preciso equilibrar os malabares das muitas atividades diárias para conseguir viver e criar meu filho. A literatura é a nutrição de que preciso para enfrentar os leões da minha existência.



Qual a maior dificuldade que encontra para chegar ao público leitor?

M: Preciso compreender melhor os meios de divulgação. Utilizo as redes sociais, mas talvez não de uma forma constante e adequada para os padrões da nossa era digital, virtual e volátil.



Quais são suas referências literárias?

M: Minha primeira grande referência literária foi Gabriel García Márquez. Escrevi uma crônica sobre como o livro “Cem Anos de Solidão” me tornou uma devota da literatura. Depois de ler essa magnífica obra (tinha eu 14 anos à época), tornei-me uma leitora incansável: termino um livro e já começo outro.



Lida bem com as críticas?

M: Lido muito bem. Não dou a mínima para as críticas destrutivas e amo de paixão as construtivas. Elas são peças fundamentais para a evolução da escrita.



Está trabalhando em algum livro no momento?

M: Sim! No momento, estou escrevendo um novo livro de poemas.



O que seria de sua vida sem as letras?

M: Um viver na maré baixa de um cotidiano desprovido da luz do conhecimento, longe da lua cheia da sensibilidade artística, distante do brilho da criatividade humana.



Dê uma (ou mais) dica(s) para quem quer ser escritor:

M: Leia incessantemente e com um olhar de leitor profissional.







Marcela Neves é mãe, pernambucana, advogada, escritora, servidora pública, ativista cultural, membro da Comissão Especial de Direito Cultural e Propriedade Intelectual da OAB-ES, mestra em Direito Público pela Université Paris II – Panthéon/Assas, autora do site “Vida Livresca (www.vidalivresca.com.br) e do romance “A Noiva de Paris”.

Instagram: marcelagneves7 
E-mail: marcelagneves@hotmail.com


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