“Havia descoberto que há várias masculinidades diferentes e que são constituídas também pelas tecnologias da cultura dominante.” - Pág. 331
Eram outros tempos, homens trans com problemas diferentes das mulheres trans, mas como fez diferença o acesso tanto à informações quanto de profissionais interessados no assunto para que a história de João Nery se transformasse nesta luta por direitos da comunidade e principalmente pelas pessoas trans no Brasil.
“O espelho tornara-se agora meu aliado, sentindo-me mais forte e íntegro. Não procurava propriamente a beleza, mas a coerência.” - Pág. 227
‘Viagem Solitária’ é um relato sincero do primeiro homem trans a realizar a cirurgia de resignação sexual no país. Com um tom confessional e autobiográfico - e com sua escrita profunda e poética - o autor nos conta sobre sua vida; dificuldades, desafios, amores, infância e vida adulta. Como João atravessou essa jornada à liberdade que tanto almejou.
“Mais uma vez me arriscaria, submetendo-me como cobaia. A sensação de ser o primeiro aventureiro nessa escalada científica me atemorizava, e não me atraía em nada a ideia de morrer como herói.” - Pág. 199
Em 2018, um mês após seu falecimento, recebeu o prêmio Direitos Humanos, concedido pelo Ministério dos Direitos Humanos no Brasil.
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