"a-maior-função-do-homem-no-mundo-é-transformar-se-em--literatura" - Reinaldo Santos Neves

quinta-feira, 26 de maio de 2022

A volta da noite de celebração da literatura no ES: Lançamento coletivo da Secult 2019

Palácio Anchieta, Centro Histórico de Vitória- ES


Ontem (25) ocorreu o lançamento coletivo da Secult dos escritores contemplados em 2019, atrasado pela pandemia do Covid-19.


[Na esquerda] Ingrid Carrafa, autora do livro                     
'E quando borboletas carnívoras dançam     
no estômago' (Editora Maré, 2021)

[Na direita] Renata Bomfim, autora do livro 'Coração da Medusa' (Editora GSA, 2021)

Foram 17 obras lançadas entre vários gêneros literários: contos, romance, poesias, infantil, história, etcetera. Algumas obras foram distribuídas gratuitamente no Palácio Anchieta, Centro Histórico de Vitória.


[Na esquerda] José Roberto Santos Neves, autor do livro                     
'Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo' (Editora Cândida, 2021)

[Na direita] Paulo Roberto Sodré, autor do livro 'Um pássaro de fogo: reconto(Editora Cândida, 2021) 

Foi uma noite revigorante, corrida, mas muito proveitosa.



Raquel Falk, autora do livro 'VERBETES (Im) perfeitos PARA CORPOS Im(perfeitos)' (Editora Cousa, 2021)

E aquela muvuca de sempre que são os lançamentos da Secult: organização zero, mas melhor que nada. Adorei rever os amigos e esse fomento importante à cultura através da literatura.

Ansioso pelo próximo.













segunda-feira, 23 de maio de 2022

Jorge Verly {Biografia}

 

 



Jorge Verly nasceu em São Mateus (ES), em 1981. Publicou, em 2014, Calendário (Secult) e Voz (Cousa) em 2017.

Possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Colatina (2002), Mestrado (2006) e Doutorado em Letras (2018) pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é Pesquisador do Núcleo de Estudos Literários e Musicológicos - UFES e Professor de História na Rede Estadual do Espírito Santo. Tem experiência nas áreas de História e Letras, interessando-se principalmente pelos seguintes temas: relações entre História e Literatura, Teoria Crítica (em especial a obra de Theodor W. Adorno) e Poética da Canção.

“Com seus versos, Verly se lança na captura do sentido e da beleza (e também do horror) que há no ato de falar, vocalizar, emitir guturais sons ou delicados sussurros.” – trecho retirado do site https://www.seculodiario.com.br

V Prêmio Ufes de Literatura ‒ 2022/2023

 



A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), por intermédio da Editora Universitária ‒ Edufes, e com o objetivo de incentivar e divulgar a produção de obras literárias em língua portuguesa, torna público o regulamento do V PRÊMIO UFES DE LITERATURA ‒ 2022/2023.



I. Categorias concorrentes


O V PRÊMIO UFES DE LITERATURA será outorgado às seguintes modalidades:

Contos e/ou crônicas: o autor deverá inscrever uma obra cujo conjunto de textos tenha de 50 a 150 páginas.

Dramaturgia: o autor deverá inscrever uma peça de teatro de 50 a 150 páginas.

Literatura infantil: o autor deverá inscrever uma obra literária cujo conjunto de textos tenha até 50 páginas.

Literatura juvenil: o autor deverá inscrever uma obra (em prosa ou em verso) de 50 até 150 páginas.

Poesia: o autor deverá inscrever uma obra poética cujo conjunto de textos tenha de 50 a 150 páginas.

Romance: o autor deverá inscrever um romance em prosa de 150 a 250 páginas.


Cada autor poderá se inscrever em apenas uma das modalidades e com a inscrição de somente uma obra, que deverá ser inédita, em língua portuguesa e de autoria exclusiva daquele que se inscrever como autor concorrente.


O período de inscrição compreende os dias 15 a 30 de junho de 2022.


Para inscrever sua obra, o proponente deverá acessar o site https://premiodeliteratura.ufes.br
Confira o regulamento completo aqui: https://premiodeliteratura.ufes.br/regulamento/


quinta-feira, 19 de maio de 2022

Secretaria de Cultura do ES lança 17 obras literárias de capixabas em Vitória

 




Na próxima quarta-feira (25), às 18 horas, dezessete obras literárias serão lançadas, no Palácio Anchieta, em Vitória. Os livros reúnem um mosaico de gêneros como poesia, contos, romance e infantojuvenil.


As publicações foram selecionadas em duas categorias dos Editais de Literatura de 2019 da Secretaria de Estado da Cultura: o Edital de Produção e Difusão de Obras Literárias e o Edital de Produção e Publicação de Obras de História, Memória e Identidade Capixaba.

Em formato de lançamento coletivo, os autores vão distribuir seus livros para o público presente no dia do evento. Além disso, as publicações serão enviadas para as bibliotecas que compõem o Sistema Estadual de Bibliotecas do Espírito Santo nos 78 municípios do Estado.

Confira a sinopse das publicações:

‘Experiências’, do autor Lobo Pasolini, é o primeiro livro de uma série de escritos baseados nos diários do autor. A escrita diarista é a base para se criar ficções e parte do pressuposto que lembrar é ficcionalizar a realidade, porque a lembrança é sempre fictícia.

‘História da Moda no Espírito Santo: do século XVI ao século XXI’ de Bruna Breguez, é um livro pioneiro que procura analisar sobre a perspectiva da história cultural como as roupas e o vestuário surgiram e se desenvolveram em solo capixaba desde a chegada dos portugueses no século XVI até os dias de hoje.

O romance de estreia ‘A condição Urbana’, de Filipe Ferreira Ghidetti, traz o dilema do homem fazendo face ao poder das circunstâncias, nos chamando a pensar se somos a essência capaz de amoldar a realidade a nossa condição humana, ou se somos determinados pela realidade.

No livro de poesias ‘Post Its de Carne e Putrefação’, de Mara Coradello, há um respeito à vida, ao que se nos apresenta como vivo, mesmo que já seja passado ou que tenha, digamos “morrido”, mas vivo na memória.

‘O cachorro que fugiu do aquário e voou’, de Geusa Gomes, é um livro infantil narrado em primeira pessoa: uma menina chamada Maria que relata a sua tentativa de compreender o universo dos adultos e também as transformações na vida das crianças.

‘Minhas Vianas: a cidade como lugar dos afetos’, do autor e também arquiteto Gustavo Pimenta, foi desenvolvido a partir da dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), tendo seu título e metodologia criados ao pensar nas possíveis relações que cada cidadão pode construir com a cidade quando permeados por variados estímulos e sensações em seus espaços de vida urbanos.

O primeiro livro que trata do assunto ‘O “Grupo dos Onze”: elites políticas e anticomunismo no município de Muniz Freire’, de Herbert Soares, traça um panorama da história local, passa pela instabilidade política da época e detalha as consequências que o golpe de 1964 e a ditadura militar causaram na vida dos integrantes do grupo.

O livro de poemas ‘Quando borboletas carnívoras dançam no estômago’, da autora Ingrid Carrafa, conta com poemas que elevam a voz feminina e toda a sua potência para falar do cotidiano, das dores e dos amores vividos e superados.

Em ‘Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo’, o autor de José Roberto Santos Neves, apresenta uma extensa pesquisa sobre a MPB produzida no Estado, com foco em seus principais personagens: cantores, compositores, regentes, instrumentistas, arranjadores, letristas e bandas, para a construção da historiografia musical do Espírito Santo.

O livro ‘Desassossego – histórias e memórias do bairro Central Carapina’, de Lorraine Paixão, obra remonta a história do bairro, desde o início, quando se chamava Sossego, passando pelas trajetórias dos moradores. Um texto sobre pessoas comuns de vidas extraordinárias, textos que tiram poesia das narrativas que costuram a história da região.

‘O Riso do Chico’, escrito e ilustrado por Lucas Albani, livro foi adotado por escolas da Grande Vitória e pela Prefeitura Municipal de Vila Velha para o ano letivo de 2022. Chico, um palhaço muito querido, tem uma surpresa gigantesca: um evento inesperado o separa de seu maior companheiro. Sem saber o que esperar pelo caminho, ele sobe em seu monociclo-voador e começa sua jornada de busca e de muito aprendizado sobre a amizade.

‘A menina que pintava carneiros’, de Luiz F. Bernardes é um livro infantil lúdico e educativo, ao mesmo tempo que é um livro de colorir, a obra ensina sobre as cores e conta uma história que incentiva a imaginação e o poder criativo.

Em ‘Paisagem e fé: espaços sagrados nos caminhos de Anchieta’, escrito pelo arquiteto e autor Marcelo Seidel, é uma pesquisa sobre o valor espiritual da paisagem de grande relevância religiosa: a cidade de Anchieta, localizada no Município de Anchieta.

‘Um pássaro de fogo: reconto’ apresenta uma nova versão da famosa lenda capixaba “O pássaro de fogo”. No livro de Paulo Roberto Sodré, um pai narra a seu filho a conhecida história da figura do pássaro de pedra, no Moxuara, em Cariacica.

‘Verbetes (im)perfeitos para corpos im(perfeitos)’, de Raquel Falk, é uma série de Verbetes sobre o corpo e suas superfícies, histórias e sensações. A autora projeta e revela, sem medo suas vivências na pele que habita.

Em ‘O coração da Medusa’, a autora Renata Bomfim propõe um olhar para a mulher a partir de uma ótica feminista a questão do feminino é problematizada a partir de variadas vozes que lançam o seu grito.

O livro de contos ‘Sobrenome Perigo’, de Ricardo Maurício Gonzaga, artista plástico e performático e escritor. Pesquisador na área de artes, história e teoria da arte e linguagens visuais e afins, com produção bibliográfica resultante destas atividades.




Serviço:

Lançamento Coletivo de livros contemplados nos Editais da Secult

Data: 25 de maio, quarta-feira

Horário: 18 horas.

Local: Palácio Anchieta, Praça João Clímaco, 142 – Centro, Vitória

Entrada gratuita


terça-feira, 17 de maio de 2022

Entrevistando Contemporâneos & Independentes – Angélica Glória

 




Como a literatura entrou em sua vida?

A: Não consigo nem lembrar ao certo. Leio desde que me entendo por gente. Quando era criança, adorava escrever histórias em quadrinhos. Escrevia com as letras todas trocadas e desenhos abstratos e enchia todos da família para me darem opinião. Toda semana pegava empréstimo de livros na biblioteca pública do bairro e me chateava quando a bibliotecária não me deixava pegar vários de uma vez. É curioso lembrar disso, visto que meus pais não eram grandes amantes da leitura.



Qual foi o papel da leitura para a construção do seu eu autor?

A: Foi muito importante. Só quis escrever porque lia muito. Foi a sensação de conhecer milhares de mundos e de pessoas através de romances, contos e crônicas que me fizeram também pôr os meus no mundo. Acredito que todo escritor é um leitor esfomeado. Bom, pelo menos os que conheci até agora hehe


 
Consegue viver de literatura?

A: Financeiramente meu sustento é a Psicologia. Sou terapeuta e professora. Mas a literatura alimenta minha alma.


 
Qual a maior dificuldade que encontra para chegar ao público leitor?

A: Conseguir organizar tempo o suficiente para divulgação. Costumo me ater mais nas leituras e escrita, o que é muito complicado para uma autora contemporânea.



Quais são suas referências literárias?

A: Pergunta difícil. Como leio literatura variada, isso acaba se misturando bastante nas minhas referências. Na poesia adoro Leminski e Baudelaire. Na prosa, Virginia Woolf, Margaret Atwood e Clarice são as maiores inspirações.


 
Lida bem com as críticas?

A: Sim, adoro ser criticada haha é verdade! Gosto muito de leitores que apontam incômodos ou “defeitos” em minha prosa e poesia. Isso me faz relê-las com outros olhos e me dá novas ideias para o futuro. Os críticos de literatura são anjos enviados pra nós.



Está trabalhando em algum livro no momento?

A: Sim. Estou preparando meu segundo romance. Ele ainda está lutando pra descobrir se descamba pra ficção literária ou se terá um pezinho no thriller psicológico. Veremos.



O que seria de sua vida sem as letras?

A: É clichê, mas acredito que não seria. Sem a cultura, em todas as suas facetas, a vida se torna um tanto quanto vazia.








Angélica Glória é escritora e psicóloga. Publicou até agora, dois trabalhos distópicos, o livro Fisgadas e o conto Noite Feliz? e um de poesia, o livro Espetáculo Lésbico. Instagram: @omfgangel


segunda-feira, 16 de maio de 2022

Academia Espírito-santense de Letras (AEL) abre inscrições para vaga de imortal

 

Casa Kosciuzko Barbosa Leão (sede da Academia, Vitória, Centro Histórico-ES)


A Academia Espírito-santense de Letras (AEL) comunica que se encontra aberta, no período de 9 de maio de 2022 a 1º de agosto de 2022, a inscrição para a vaga da cadeira 35, antes ocupada pelo saudoso acadêmico Rômulo Salles de Sá, 3º ocupante da cadeira 35, patrono Jerônimo de Souza Monteiro. 


Os candidatos que desejarem concorrer à cadeira deverão enviar correspondência, com firma reconhecida, indicando desejo de concorrer a ela, anexando currículo, livros e comprovação de trabalhos publicados. 


O endereço para enviar correspondência é: Ester Abreu Vieira de Oliveira, Rua Professora Gladys Bernardo Lucas 195, Solar da Ester - Bairro de Lourdes, CEP 29042-185- Vitória, ES. A entrega dos documentos poderá ser feita pessoalmente, ou por correspondência. A escolha dos candidatos será feita por eleição, na reunião de 8 de agosto de 2022.


Clique aqui para ler o EDITAL COMPLETO

sexta-feira, 13 de maio de 2022

“Terra em desocupação”: RESENHA de ‘Cerco Animal’

 

Vanessa Londoño (Editora Peabiru, 2022)



Com primeiro romance da colombiana Vanessa Londoño a editora Peabiru inaugura a sua trajetória no tão competitivo mercado editorial brasileiro e já chega com os dois pés na porta.

“A literatura, eu acho, está no ato de restaurar a vitalidade dos membros decepados e no contar histórias dos corpos que teimam em lembrar das partes mutiladas e de seus fantasmas.” - Pág. 7

Com uma escrita muito poética e visceral Vanessa nos apresenta - em pouco menos de 100 páginas, numa história dividida em quatro partes - ao cerne do que entende-se dos povos latino-americanos: a pobreza, a crueldade que vem com a exploração, uma ditadura velada. É uma leitura densa, com longos parágrafos.

“Enquanto passávamos fome, o vilarejo estava cheio de turistas que se precipitavam sobre as varandas e ruas do calçadão, esperando os camponeses que chegavam com suas oferendas nas costas até chegar à porta principal da igreja.” - Págs. 38/39

São quatro histórias que se cruzam, em um texto quase insólito, seus capítulos unem-se neste romance sensível, pesado e cruel o que Vanessa nos presenteia.

Há no livro também algumas lembranças e sonhos quase palpáveis, em descrições completas, que torna o texto mais próximo da gente.

“O certo é que esse cheiro de origem, esse cheiro quase primitivo que tem a terra quando amolece nos faz pensar que as lembranças que se passam na chuva merecem ser retomadas[…]” - Pág. 45

O cercos vão se fechando, aquela construção traçada por Vanessa nos três primeiros pedaços do livro se encontram numa narrativa intensa, forte. ‘Cerco Animal’ é um dos livros mais impactantes que li este ano.

“Disseram que debaixo daquele rio estavam não só os corpos da avalanche, mas os que há muito tempo haviam sido jogados ali.” - Pág. 57

A escritora mostra que, apesar da brutalidade ser a herança dos latinos, não levamos adiante os ocorridos de uma história trágica. Ela descreve, em seu texto, um ciclo de batalhas, não de desistência.

“Se me deixo levar o bastante, posso ouvir a terra deslizando suavemente em seu contato com a tempestade e reciclar-se em seus nutrientes. Eu também moro nela.” - Pág. 95




⚠️GATILHOS: abuso sexual, estupro, fome/miséria, assassinato

terça-feira, 10 de maio de 2022

'Aluga-se’, RESENHA do livro Bárbara (editora Cousa, 2017)

 



“Uma casa é um organismo vivo.” - Pág. 37

Em ‘Bárbara’ o tempo decorre diferente, ele vem e vai feito os moradores de um edifício, e por essa falta de linearidade as personagens também vêm e vão criando assim um texto fragmentado.

“Não suporto esses prédios novos, cobertos de vidro e revestidos de porcelanas brancas, lisas e desalmadas.” - Págs. 11/12

Os capítulos ou histórias são divididas pelos números dos apartamentos, pátio, elevador e ‘C’ - que a pesar de ter algumas narrativas independentes - se interligam no final.

“Segurei sua mão e foi como se ela não sentisse. O bem-te-vi pousou e cantou. Ela sorriu, respirou fundo e dormiu. Naquele momento entendi que, quando destruí a casa e o jardim, destruí sua mãe.” - Pág. 63

Há através do livro um entrelace de cada história com a vida das pessoas que por ali passaram, entre as que ainda residem no prédio e as que ainda vamos passar, o que acaba fazendo um texto bem construído.

“Inventar histórias é coisa de gente atrevida. Porque a cada palavra guarda um segredo do mundo e, por isso, não se pode gastá-las.” - Pág. 88

É um livro de enorme sensibilidade. Confesso que a parte ‘402’ me arrancou algumas lágrimas.

“Envelhecer é adiar.” - Pág. 40

‘Bárbara’ é um entremeio de romance e conto com um texto de rápida leitura - com palavras e capítulos curtos -, porém profunda.

“- Nossa família tem muitas histórias tristes.

- E muitos silêncios.” - Pág. 92

‘Bárbara’ de Brunela Brunello é, para mim, a narrativa das sutilezas. O resultado de uma trama bem trabalhada.

“A vida simplesmente acontece. E, daqui de cima, eu vejo tudo.” - Pág. 94


sexta-feira, 6 de maio de 2022

“porque tudo é urgente na espera”: RESENHA de ‘Atés’

 

 

Mais um livro potente sobre um corpo que escolhe ser político.

 

“não se alinhe

na máquina que ela usa para costurar

seu tempo

no espaço que há em mim” – Pág. 23

 

Um ser poético que tem opções, mas escolhe a subjetividade para além de um poema abstrato: Marília CaFe subscreve introspecção.

 

“tenho pensado muito no amor

e em tudo o que há de revolução” – Pág. 25

 

‘Atés’ é horizonte, jamais fronteira. É um livro que rebenta os muros do presente, que versa em tempo ambíguo.

 

“você é baião nos meus olhos

e para quem nem dançava

já não há chão que baste” – Pág. 41

 

Marília brinca com o tempo, com as palavras, assim como com o seu nome. Para quem não conhece, a escritora é contista – com 4 livros publicados – e resolveu com ‘Atés’ se apresentar ‘poeta’.

 

“espalho prazer

Palavra é lacuna

 

Todo quarto sabe” – Pág. 45

 

De toda experiência que tenho ao ler Marília o que tenho a dizer sobre este livro é que: ‘Atés é uma maravilhosa viagem.’

“viver como manda o tempo

sem medo de começar

o dia e qualquer dúvida” – Pág. 53

 

Aproveite,

Boa leitura!